Ontem ocorreu um acontecimento que para mim foi o mais importante na politica brasileira desde que nasci.. (neste caso.. nos últimos 20 anos) mais do que as chuvas de denuncias de corrupção e outros crimes contra a Federação que aconteceram nos ultimos anos, hoje ocorreu um plebiscito convocando todos os Paraenses a votar pela divisão ou não do estado do Pará em trés novos, Tapajós, Carajás, e o atual Pará, com um quarto de sua área.
Obviamente, o Não foi majoritário derrubando assim este projeto, o que para mim é uma pena, e lhes direi o porque logo abaixo.
O estado do Pará, é um dos maiores do pais (o segundo maior para ser mais exato!), sendo assim, os problemas são sempre mais difíceis de se resolver e até mesmo de aparecer, em um estado onde a grande maioria esta na capital e seus arredores, a vitoria do SIM era algo praticamente impossível o que nos leva a então deduzir que quem propos essa separação não estava na capital e sim no inteiror. E de fato estavam, cerca de milhão de eleitores que votaram no SIM habitavam nas regiões onde ocorreriam as divisões.
Munidos destes argumentos, podemos agora acreditar que a separação não era de todo ruim, sim meu amigo, veja voce nesta situação, onde todo o seu trabalho duro é mandado para uma cidade do outro lado do estado, e todo o dinheiro que poderia ser revertido na sua região passa a ser utilizado por quem nen sabe que voce existe e não faz questão de saber? duro não é mesmo? Pois este é o Pará.. neste exemplo que acabei de dar me referi ao que seria o estado de Carajás, ex-futuro estado rs, onde esta a maior mina do mundo, a maior mineradora do mundo, e um dos maiores indices de pobreza do Brasil!, de fato, todo o dinheiro de Carajás vai para Belem e seus arredores, desenvolvendo assim a capital do estado e deixando o resto em situações deprimentes,para quem esta no grande centro desenvolvido do estado fica facil votar NÃO rsrsrsr e este é um dos motivos pelo qual acredito que a separação seria algo bom!
Obviamente para o estado do Pará que sobraria, esta situação não seria muito agradável, já que suas fontes de riqueza ficariam agora em outros estados, obrigando o governo assim a procurar estrategias para o desenvolvimento do que restou, se pensarmos por um lado, o fato de ter a divisão seria algo ruim para o Pará, que deixaria de arrecadar todo o dinheiro que arrecada hoje, porem se pensarmos por outro, essa decisão faria com que o governo fosse obrigado a trabalhar, desenvolvendo assim todo o estado, devemos reparar que a media vale para ambos os tres, onde em cada um, os novos governos seriam obrigados a mostrar serviço e a produzir estrategias de desenvolvimento para cada estado.
Outro fator que me levou a apoiar a divisão, é em relação a segurança, que hoje é muito debilitada em praticamente todo o estado, com rodovias e regiões totalmente sem lei, dividindo, a segurança seria partilhada em três novas policias, bem como três novos departamentos de transito seriam responsáveis pela recuperação de toda a malha viária que existe hoje por la, bem como na construção de outras.
Mais que isso, devemos pensar também no setor de educação, e saúde, onde com dois novos governos, hospitais que nunca seriam criados pelo atual, poderiam ser erguidos futuramente, assim como a criação de novas universidades federais e estaduais, trazendo desenvolvimento e tecnologia para o norte do pais.
se levarmos em consideração todos esses pontos, fica clara que uma divisão feita corretamente, é sim muito benéfica não só para a população local, mas para todo o pais, e por isso apoiei essa e apoiarei algumas outras que ainda virão a votação publica, pois de que adianta um estado do tamanho do mundo se não se consegue administrar até a esquina de casa?
Um assunto como este não pode ser resumido a somente um post, porem, não é meu objetivo fazer um estudo sobre esta divisão e sim comentar sobre ela, dar meu ponto de vista, e confronta-la ou não com a sua, estaremos sempre abertos a novas discussões! :)
deixo voces agora com as palavras do atual governador do Pará, logo após o plebiscito.
Logo após o reconhecimento da vitória do "Não" no plebiscito, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), reconheceu que o Estado tem problemas que levaram ao ponto de regiões tentarem a divisão do território, mas listou uma série de entraves que impossibilitam o desenvolvimento equilibrado do Pará. Para ele, o pacto federativo deveria se reestruturado com urgência e que outros Estados poderão passar por um processo semelhante ao do Pará, com movimentos separatistas.
"Existe uma distância e ausência, mas não é do governo do Estado, mas do Estado brasileiro. É genuíno o sentimento das pessoas, mas acho que o caminho foi equivocado. A sociedade paraense sai mais madura, mas precisamos de um pacto que nos reposicione", destacou Jatene.
Segundo ele, o Pará tem o segundo maior saldo da balança comercial, é grande exportador de energia, mas tem uma renda per capita que fica próximo da metade da média nacional. "O orçamento do Pará é o 26º do País. Acho que o caminho é uma reorganização nacional do País. O Brasil mudou muito", destacou.
O governador afirma que está investindo no interior, mas a falta de recursos, o impende de avançar. "Na saúde, a alta complexidade está restrita a Belém. Nos últimos anos, fizemos cinco hospitais em cidades estratégicas", destacou. Segundo ele, ações concretas, como a compensação dos Estados exportadores, são urgentes e que os outros Estados do País deveriam ampliar essa luta.
fonte: Terra
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