quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Revolução dos Bichos




Somos nós que parecemos cada dia mais com um porco, ou são os animais que se parecem mais com o homem? 
De forma metafórica, “A revolução dos bichos” de George Orwell , é uma história que retrata a Revolução Russa, onde Lenin, Trotsky e Stalin são, respectivamente, Major, Bola-de-neve  e Napoleão. Tendo também, aqueles que estavam lutando pela liberdade, que por sua ignorância se tornaram escravos da própria revolução. 
“Lembro-vos também de que na luta contra o Homem não devemos ser como ele. Mesmo quando o tenhais derrotado, evitai-lhe os vícios. Animal nenhum deve morar em casas, nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem comerciar. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Fortes ou fracos, espertos ou simplórios, somos todos irmãos. Todos os animais são iguais.” George Orwell
Os sete mandamentos declarados por Major são escritos na parede:
“Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
O que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
Nenhum animal usará roupa.
Nenhum animal dormirá em cama.
Nenhum animal beberá álcool.
Nenhum animal matará outro animal.
Todos os animais são iguais.”
E com o desenrolar do drama, os sete mandamentos tornam-se um único lema: “Quatro pernas bom, duas pernas ruim”. Os poucos que enxergaram se fizeram de cegos e aqueles que já eram cegos não se deixam levar pela diferença de tratamento.
A história te prende ao enredo fantástico e ao mesmo tempo real, retrata o quão cego o homem é, ou melhor, dizendo, o quão cego finge ser, por medo das conseqüências de “saber de mais”, ou por medo de não encontrar a solução, e como a ingenuidade e estupidez reinam nesse mundo. Tornei-me amante desse brilhante livro por ser tão diferente de todos os outros que já li, e particularmente, já li muitos. Recomendo-o não só por ser uma história maravilhosa, mas para envolver as pessoas que o lêem, e as tornarem sóbrias, para acordarem e fazerem algo a respeito de poucos fazerem a vida de muitos.
“As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco”.

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